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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Leve o que for bom, e deixe o que é ruim!



Boa Tarde queridas.

Como vocês estão?

Eu estou bem. Graças a Deus, tudo está em ordem. Me sinto bem com isso, e as vezes as coisas se confundem na minha cabeça, e eu penso: Será que estou bem mesmo, ou só estou bem por que tudo está bem?

Enfim...

Venho aprendendo que uma co-dependente estar bem, tem um outro significado. É estar bem apesar de tudo, encontrando a felicidade em si mesmo. Acredito que com os meus doentes aqui de casa (não necessariamente da D.Q.) eu estou lidando super bem. O meu adicto sempre foi minha maior queda, por incrível que pareça, afinal foi através dele e depois que ele entrou em minha vida que tudo foi se explicando e tomando tal proporção. Mas so por hoje, estou bem. Tenho grandes exemplos a seguir, minhas queridas companheiras! Principalmente neste momento, a Polyanna do blog Amando um dependente químico. Força, fé. É só isso que desejo sempre. Além de te colocar em minhas orações. Você é muito especial pra mim!

E este post de hoje. Foi uma luz que veio na minha cabeça, pensando na Poly hoje.

Eu lembrei disso que me aconteceu, na ativa do meu namorado.

Eu trabalho em uma escola. Sou estagiária em psicologia, é uma escola junto com um colégio estadual.

No auge da recaída do meu amado dependente, uma menina de aproximadamente 14 anos se aproximou de mim lá na escola, e me entregou uma carta. Vou transcrever ela aqui pra vocês...




"Não rompa o namoro com ele, esse momento é complicado, recaídas acontecem. Acredite ele está sofrendo mais que ninguém. Seu cérebro fica dividido em usar e não usar. Se não usa ele pira, se usa ele quase morre, morre de arrependimento. Aí a depressão toma conta ele pensa em você, lembra do seu sorriso, fecha os olhos e praticamente sente a sua respiração.

Ele precisa de você, do mesmo jeito que precisa de ar, do mesmo jeito que precisa da droga, ele tenta, muitas vezes largar a droga mas é como se ela já fizesse parte do corpo dele.

Faz 23 dias que EU ESTOU LIMPA mas não é fácil, a noite ela vem sedutora, mansinha, toma conta da cabeça dos fracos, roupa todo nosso dinheiro, nos obrigando a roubar de outras pessoas... e entregar tudo pra ela.

Quando a gente acha que tudo está acabado e aparece uma pessoa maravilhosa, que nos completa, nos preenche nos fascina, vem a droga, e ela é ciumenta, nos quer só pra ela, faz de tudo para que nos afastemos da pessoa amada... como se isso fosse possível.

Eu sigo o meu tratamento.

Tenho certeza que ele também quer parar, e com a sua ajuda ele pode.

Ele a ama... mais que tudo!!!"




Chorei muito lendo esta carta. E acho que ela fala muito sobre como fica a mente do recaído na ativa, e eu acredito demais nessa menina e nas palavras dela. Pois sei o quanto essa doença é traiçoeira, dolorosa, não só para nós codependentes. Muito mais pra eles.

Eu não conheço essa menina. Até hoje não sei como ela sabia tanto e se realmente sabia.

Não sei se ela usou com o meu namorado. Só sei que ela era muito doce, aquele estereotipo que você nunca imagina, com um pré-conceito que faz uso de drogas. Loirinha, olhos azuis. Tentei acompanhar ela, respondi a carta. Tentei ajudar. Fiquei sabendo 27 dias depois, que ela havia recaído.

Essa doença toma conta de uma maneira muito forte... é muito difícil...

Como ela disse, o sentimento do adicto pela família, existe. Tá ali. Guardado, escondido, sufocado por tanta obsessão.

A droga não vai vencer. A um Deus amoroso preparando uma grande vitória.

E só por hoje, nós codependentes temos o poder pelas nossas vidas e podemos ser vitoriosas hoje...




No sabádo vou viajar 1,200 km para passar 5 hrs com meu namorado.

Haja co-dependencia, não é? hehe

É apenas o cumprimento de uma promessa. Assim como quero que ele faça a parte dele, farei a minha.

Estou feliz por vê-lo após 2 meses de tanta saudade!




Obrigada Senhor, pelos 199 dias limpo!




Força, fé e esperança para todas vocês!







Obs: Logo responderei os e-mails! Desculpem!

Beijos

sábado, 6 de outubro de 2012

Dor infinita...

Eu não tenho pra onde correr, Então vim parar aqui.
Meu Deus como tudo tá difícil. Eu não to aguentando mais tanta coisa na minha cabeça.
Mas não adianta eu vir aqui e despejar tudo pra vocês, sem antes dizer o por que de tantos sentimentos agressivos...
Meus pais não se dão nada bem. Meu pai é um cara de boa, até demais, não bebe, não fuma... mas o problema dele é se achar muito garotão... e sair por ai fazendo festa e pegando geral.
Sei que isso dói na minha "mãe". Mas não é algo que começou agora...é algo que já vem de anos. Na verdade, acho que sempre foi assim, a única diferença é que um dia a esperança de ele mudar era maior.
Ele teve um filho com a pessoa que cuidava de mim quando eu era um bebê (1 aninho). O único problema é que ele teve esse filho a 8 anos atrás. Ele e a moça, manteram o caso ao longe de uns 14 anos. O filho foi planejado por eles. A única que não aceita isso é a minha "mãe".
Depois disso ela passou a me culpar. E isso vem até hoje...
Ela faz da minha vida um inferno quando tá nas fases de pegar no meu pé. É horrível e dói demais.
E essas fases acontecem sempre quando ela resolve passar por cima das madrugadas fora do meu pai, das mensagens que ela vê no celular dele de outras mulheres, enfim...
Ela me culpa por tudo isso. E toda a raiva que ela sente dessa situação ela deposita em mim.
Talvez seja por isso que eu seja tão co-dependente do Junior. Quando ele tava aqui e tava bem eu era tão mais forte pra aguentar tudo isso. Ele me trazia força e ele não me deixava cair...
Com ele distante tudo dói mais...eu já estou morrendo de saudades dele, e ainda ela faz tudo o que faz pra mim. Ela me humilha, me ignora, me trata mau na frente dos outros. Ela me fere das piores maneiras por que conhece as minhas fraquezas... e usa isso muito bem.
Eu percebo que quanto mais triste eu fico mais satisfeita ela está.
E eu não sou nenhuma adolescente, eu sinto tudo isso com uma dor profunda que invade meu coração... que se não fosse a minha vontade de ver o meu namorado de novo, bem, feliz, e ter a minha vida com ele, eu desistiria de viver. Ele é o que me mantém. Só por hoje ele é o culpado por eu estar aqui tentando ter força pra secar as lágrimas e sair do quarto...
To super abalada com a situação em que a Poly passou... meche com a gente né?
Cheguei a sonhar com tudo que ela descreveu, mas quem passava por tudo era eu. E na verdade não pareceu um sonho e sim uma lembrança. Triste lembrança de algumas 24 horas atrás...
Poly, força! Vai passar. Já passou outras vezes.. Tudo renascerá! Eu creio!
Dor no coração define de novo o que eu sinto.
Eu só queria um abraço sincero...
:(



SAUDADES