Boa Tarde queridas.
Como vocês estão?
Eu estou bem. Graças a Deus, tudo está em ordem. Me sinto bem com isso, e as vezes as coisas se confundem na minha cabeça, e eu penso: Será que estou bem mesmo, ou só estou bem por que tudo está bem?
Enfim...
Venho aprendendo que uma co-dependente estar bem, tem um outro significado. É estar bem apesar de tudo, encontrando a felicidade em si mesmo. Acredito que com os meus doentes aqui de casa (não necessariamente da D.Q.) eu estou lidando super bem. O meu adicto sempre foi minha maior queda, por incrível que pareça, afinal foi através dele e depois que ele entrou em minha vida que tudo foi se explicando e tomando tal proporção. Mas so por hoje, estou bem. Tenho grandes exemplos a seguir, minhas queridas companheiras! Principalmente neste momento, a Polyanna do blog Amando um dependente químico. Força, fé. É só isso que desejo sempre. Além de te colocar em minhas orações. Você é muito especial pra mim!
E este post de hoje. Foi uma luz que veio na minha cabeça, pensando na Poly hoje.
Eu lembrei disso que me aconteceu, na ativa do meu namorado.
Eu trabalho em uma escola. Sou estagiária em psicologia, é uma escola junto com um colégio estadual.
No auge da recaída do meu amado dependente, uma menina de aproximadamente 14 anos se aproximou de mim lá na escola, e me entregou uma carta. Vou transcrever ela aqui pra vocês...
"Não rompa o namoro com ele, esse momento é complicado, recaídas acontecem. Acredite ele está sofrendo mais que ninguém. Seu cérebro fica dividido em usar e não usar. Se não usa ele pira, se usa ele quase morre, morre de arrependimento. Aí a depressão toma conta ele pensa em você, lembra do seu sorriso, fecha os olhos e praticamente sente a sua respiração.
Ele precisa de você, do mesmo jeito que precisa de ar, do mesmo jeito que precisa da droga, ele tenta, muitas vezes largar a droga mas é como se ela já fizesse parte do corpo dele.
Faz 23 dias que EU ESTOU LIMPA mas não é fácil, a noite ela vem sedutora, mansinha, toma conta da cabeça dos fracos, roupa todo nosso dinheiro, nos obrigando a roubar de outras pessoas... e entregar tudo pra ela.
Quando a gente acha que tudo está acabado e aparece uma pessoa maravilhosa, que nos completa, nos preenche nos fascina, vem a droga, e ela é ciumenta, nos quer só pra ela, faz de tudo para que nos afastemos da pessoa amada... como se isso fosse possível.
Eu sigo o meu tratamento.
Tenho certeza que ele também quer parar, e com a sua ajuda ele pode.
Ele a ama... mais que tudo!!!"
Chorei muito lendo esta carta. E acho que ela fala muito sobre como fica a mente do recaído na ativa, e eu acredito demais nessa menina e nas palavras dela. Pois sei o quanto essa doença é traiçoeira, dolorosa, não só para nós codependentes. Muito mais pra eles.
Eu não conheço essa menina. Até hoje não sei como ela sabia tanto e se realmente sabia.
Não sei se ela usou com o meu namorado. Só sei que ela era muito doce, aquele estereotipo que você nunca imagina, com um pré-conceito que faz uso de drogas. Loirinha, olhos azuis. Tentei acompanhar ela, respondi a carta. Tentei ajudar. Fiquei sabendo 27 dias depois, que ela havia recaído.
Essa doença toma conta de uma maneira muito forte... é muito difícil...
Como ela disse, o sentimento do adicto pela família, existe. Tá ali. Guardado, escondido, sufocado por tanta obsessão.
A droga não vai vencer. A um Deus amoroso preparando uma grande vitória.
E só por hoje, nós codependentes temos o poder pelas nossas vidas e podemos ser vitoriosas hoje...
No sabádo vou viajar 1,200 km para passar 5 hrs com meu namorado.
Haja co-dependencia, não é? hehe
É apenas o cumprimento de uma promessa. Assim como quero que ele faça a parte dele, farei a minha.
Estou feliz por vê-lo após 2 meses de tanta saudade!
Obrigada Senhor, pelos 199 dias limpo!
Força, fé e esperança para todas vocês!
Obs: Logo responderei os e-mails! Desculpem!
Beijos